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Duo Raul de Sá & Benoit Decharneux.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Uma prática bastante saudável.


UMA PRÁTICA BASTANTE SAUDÁVEL: “TIRAR” MÚSICAS.

       Quem trabalha com Música e atua na área de Bailes, Eventos Corporativos, Casamentos, Aniversários, etc., sempre irá se deparar com a tarefa de executar, em seu repertório, a chamada “Cover Music”. Principalmente nos Bailes, em que o público interage diretamente com a Banda, é necessário que haja o imediato reconhecimento e identificação, por parte da audiência, do que está sendo tocado.  Se for muito diferente do “original”, a que a platéia está acostumada, a pista não fica cheia.
Por isso é que, em meus tempos de Banda de Baile, eu ficava por horas e horas, em frente ao gravadorzinho mini-cassete, ouvindo por várias vezes, para “tirar” a Musica nova para entrar no repertório.
       Bem entendido, tudo isso era nos casos em que não havia arranjo escrito da maioria das Músicas.   Aquelas “ da parada “ de sucessos, tinham que ser incorporadas ao repertório na base do “ ouvir e tirar “.  Nem todos os Músicos de Baile, liam fluentemente.   Geralmente se recorria ao seguinte:  “ Cada um ouve a fita, e tira a sua parte “.  E mãos à obra!   Quantas vezes me lembro de ficar em frente ao gravador, ouvindo e voltando a fita, milhares de vezes, para acertar aquele determinado trecho que eu ainda não havia entendido e, de novo, de novo, até ter a certeza.  Muitas vezes era isso e mais: Transpor para o tom do Cantor ou Cantora, que não cantava no tom original.  O “Maestro”, nesses casos, era mais para coordenar o ensaio e se escrevia, era somente para arranjos mais elaborados ou as chamadas “ medleys “, seqüências de várias Músicas, emendadas umas nas outras, como por exemplo:  Ray Conniff.  Este, garantia de pista cheia, entre a galera de mais idade.  Havia ocasiões em que a fitinha cassete chegava a arrebentar, de tanto que a gente ia e voltava, com ela, para tentar “ tirar “ certinho, nos mínimos detalhes.  Tecladista, então, ainda tinha que ouvir mais atentamente, por causa dos timbres utilizados, que não eram poucos.  Barra! Rs
Raramente havia disponibilidade de partituras.  O Maestro não se dava ao trabalho de escrever as popzinhas e “ de três acordes “, da parada de sucessos.  “... - essas porcarias aí vocês ‘tiram’ com um pé nas costas”!  Dizia.  E a gente se virava para aprontar as “porcarias”. Rs
Hoje em dia, está tudo uma beleza!   Com a nova tecnologia, que já aposentou o gravador cassete e muitas outras coisas, cada Músico pode carregar um repertório inteiro, no seu próprio telefone celular e ouvir quantas vezes precisar, sem “arrebentar a fita”. Mas nada irá substituir a prática do “toca, para, volta, toca, ouve…”.   Mesmo havendo, atualmente, muito mais disponibilidade de partituras, entre os Músicos e na Internet, para aquelas “porcarias “ (e, hoje em dia, existem em maior número do que nunca), ainda não inventaram coisa melhor.  A não ser o “ play-back “. Rs.
É muito bom, porque ajuda a educar o ouvido, a percepção musical e acostuma o Músico a ouvir de tudo, nem que seja obrigado.  Uma experiência que, mais tarde, será de grande valor para qualquer ramo da Música a que ele se dedicar.  Experimentem e verão.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

The TRUTH Why Modern Music Is Awful

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